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quarta-feira, 21 de março de 2012

Lu, qual é a sua religião?


No começo deste ano estava fazendo um curso e conversando com o professor do mesmo, percebi que tínhamos algumas coisas em comum e decidi fazer amizade com ele, um dia falávamos sobre o quanto Deus é maravilhoso e nos surpreende sempre com presentes de bondade imerecida, quando ele me disse ser mórmon e se mostrar visivelmente entusiasmado com a doutrina de sua fé. Eu voltei a falar sobre a bondade de Deus porque este é particularmente um assunto de que gosto muito, quando ele me interrompeu e perguntou qual é a minha religião. Eu lhe respondi que não tenho, e pude perceber a decepção e mesmo a dor em sua expressão, como se fora totalmente indigesta a minha resposta. 

E a partir desse dia percebi com certa tristeza que não poderíamos ser amigos, o que me decepciou um bocado, mas para ele era inconcebível a ideia de que alguém pudesse se alegrar tanto com a bondade de Deus sem seguir uma religião, para ele eu estava mentindo sobre minha relação com Deus, ou então estava muito, muito enganada, e sendo assim, ele não poderia falar nem mesmo sobre amenidades comigo, seria de alguma forma prejudicial para suas convicções...

A pouco tempo, outra situação parecida aconteceu, alguém estava entusiasmado com a coerência simples do que escrevo e posto aqui no blog, quando fiz a seguinte observação numa rede social:

“Religião? Não tenho. 
O que tenho é uma emocionante, 
maravilhosa, apaixonante, assombrosa, intensa, 
séria, doce e constante relação com Deus. 
Desculpe-me.

Desta vez vi o problema não ser a religião, mas a adoção de uma doutrina em específico, se não sou calvinista então só posso ser arminiana, e se não sou nem uma coisa nem outra porque prefiro não ser de Calvino nem de Armínio, mas de Cristo então as pessoas se afastam...

Mas Tiago, que Lutero não queria que estivesse entre os livros inspirados disse, prático como ele só, que a verdadeira religião, ou seja, que o que de fato nos religa a Deus é a construção de relacionamentos melhores com as pessoas que enxergamos como nosso próximo, sendo assim, serei sempre de Cristo, sendo-lhe útil como possa através do meu próximo.

E enquanto ninguém entender isso continuo afirmando pacificada e mansa que verdadeiramente não tenho nem pretendo ter nenhuma religião, pois sou de Cristo e o sirvo no chão da existência através que quem caminha comigo pelo caminho.


Lu Rodrigues  

http://lu.blogue.me/2012/03/lu-qual-e-sua-religiao.html

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