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terça-feira, 26 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

MÉDICOS FERIDOS

O Evangelho não é um conjunto de regras para se alcançar por terem sido levadas por pessoas sobre-humanas. A Mensagem de Jesus foi difundida pelas pessoas mais improváveis e desaprovadas na sua época, demonstrando que o Chamado é para aquele que estiver simplesmente disposto.

Nesse domingo, na reunião do Caminho da Graça em Salvador, refletimos sobre como podemos, mesmo sendo tão relativos e falhos, compartilhar e servir mesmo com as nossas próprias dores. O Chamado para o Caminho é escolhido pelas pessoas mais desaprovadas a fim de que, em nossas feridas, curemos os outros. Podemos perceber, por meio de tudo que conhecemos a respeito daqueles que viveram essa Mensagem, que a história daqueles que a escolheram está repleta de “João ninguéns” que foram e conseguiram mudar o curso da história. Com dores, equívocos, deslizes e relatividades levaram essa história adiante vivendo com toda a intensidade e não negando a se entregar totalmente a isso que chamamos de Evangelho.

Podemos refletir que esse foi o nosso chamado. Chamados para sermos médicos feridos, abençoando em meio à nossa própria dor. Encorajados a mudar o nosso olhar para que possamos ver Graça e Benção em pessoas que também tem seus pés sujos andando no Caminho. Lemos no capítulo 12 da Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, o episódio que relata que mesmo Paulo, sendo o maior propagador dessa mensagem no seu tempo, teve seu momento de relatividade, mostrando a nós que a mensagem é levada por homens fracos e quebrados, mas com uma paixão profunda pela Mensagem do Ressurreto.

Minha Graça te basta! – é a resposta da Voz Eterna. Porque a sua fraqueza abre a porta para a ação do meu poder. Isso é que devemos mais perceber em nós: os vasos de barro podem, por Graça, carregar riquezas eternas. Se precisarmos de ajuda, que possamos ao perceber nossa fraqueza, encontrar o Deus que está do nosso lado esquerdo. Que nos visita com carinho e atenção. Que se mostra disposto a nos ouvir sem juízos, mas com misericórdia. Podemos ser Deus para o outro na medida em que possamos perceber Deus nele. De igual forma que podemos aceitar nossa humanidade na igual medida em que percebamos em qualquer outro a mesma humanidade.

Assim continuamos na esperança de que essa Palavra, que é mais que texto, porém Espírito e Vida possa nos justificar, pela mesma Graça que nos faz sentir misericórdia de qualquer um como nós. Que possamos nos saber capazes de sermos Deus para o outro na mesma medida em que podemos ver o mesmo Deus neles. O Deus que se prostrou e nos lavou, como fazem os escravos, nos chama para, simplesmente, sermos escravos em amor, uns dos outros.

*Nota.: A imagem título da mensagem é um menino que, ajudando o irmão a se salvar da enchente, foi questionado: “Não estava pesado?” Ele então responde: “Não é peso, é meu irmão”.

Anderson Villaverde
Caminho da Graça em Salvador em 6/18/2012 06:14:00 PM

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A DOR E O TEMPO

A grande ironia é que, grande parte das dores da nossa alma fundamentam-se no que "não é".

Sim, os núcleos dessas dores estão no nosso passado (sejam cinco horas, um dia, uma semana ou cinco anos atrás, na adolescência, na infância ou no nascimento) ou no futuro (sejam três horas à frente, seis horas, um dia, uma semana, um mês, cinco anos ou a hora da morte)

O fato não perceptível e surpreendente pra muita gente é o seguinte: passado e futuro são coisas inexistentes.

O passado inexiste porque já não é.

O futuro inexiste porque jamais chegou a ser.

Tirando-se passado e futuro, geralmente o que sobra é a bonança e alegria possível do agora, do hoje. Pois não é todo dia, e muito menos toda hora que uma bomba explode na nossa vida.

Mas quem quer viver e desfrutar o hoje e o agora?

A vida, pra muita gente, é composta basicamente pelos ecos amargos do passado que já não é, e as projeções assombrosas de um futuro que jamais chegou a ser.

Quem vive assim esvazia a vida. Porque só existe Vida e Verdade de fato, no Hoje e no agora.

Vida é agora, vida é hoje.

Me uno a um antigo salmista que declarou: "Hoje é o Dia que o Senhor nos deu, portanto alegremos-nos e regozijemo-nos nele (no dia de hoje)".

Viver fixado no passado ou no futuro incompatibiliza a nossa consciência em relação à voz, ação e companhia divina. Pois quando Moisés perguntou ao Senhor como responderia a Faraó quando este perguntasse o nome do Deus que o enviara a proclamar libertação do escravo povo de Israel, O Senhor respondeu dizendo: "Diga-lhes que meu nome é EU SOU".

Ou seja, Ele não foi e nem será. Ele É! Hoje, agora.

"Eu Sou!".

E eu? Será que eu sou?Será que eu estou aqui,a gora, me apropriando e me beneficiando do hoje?

Penso nas muitas vezes que pessoas chegam a sentir culpa, por estarem sentindo-se tão bem, mesmo com a consciência da coisa horrível que aconteceu no dia de ontem.

Por outro lado, pessoas sentem-se culpadas por estarem tão em paz, quando uma nuvem negra problemática parece estar à frente no tempo...

Quando a gente aprende a valorizar e viver o hoje (única vida real e existente) a gente acaba tendo que confessar que nós mesmos nos boicotamos perante tamanha Graça, renovo, descanso, consolo e paz dispensadas pelo Pai Eterno.

"Eu Sou contigo".

Hoje. Agora.

"12 Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo;
13 pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama HOJE, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.
14 Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.
15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração". (Aos Hebreus, 3:12-15)

Marcello Cunha

UM BRASIL EVANGÉLICO??


Faz um mês que voltamos da Nigéria.
Hoje, pesquisando alguns assuntos que pretendemos abordar no documentário sobre nossa missão por lá, uma onda de sentimentos me re-visitou.
Como já fui para lá sabendo o que iria encontrar, nada me chocou. Apesar da pobreza geral, não me assusta ver casinhas com paredes de barro desprovidas de energia elétrica e saneamento básico. Não creio que essas coisas sejam imprescindíveis para que as pessoas vivam bem e miséria não nos falta desse lado do atlântico.
Mas o que gera um terrível embrulho no estômago é ver o resultado de um antigo sonho dos evangélicos aqui do Brasil: uma nação com maioria evangélica.
Lá convivemos com cartazes e placas de igreja pra todos os lados. Eventos, campanhas, "terry nights", cultos, palestras... Libertação pra cá, unção pra lá e os atores principais: pastores, apóstolos, evangelistas, profetas...
Pela estimativa do pessoal de lá, pelo menos 80% da população é cristã evangélica. Vão nos cultos, dão ofertas, cantam e dançam para Jesus. Mas também tem medo. Medo do mal. Medo da bruxaria. E graças aos ensinos de muitos dos pastores/apóstolos/evangelistas/profetas, tem medo de crianças que supostamente teriam em si o espírito de bruxaria. Por isso as abandonam. Por isso, as machucam.
Para quem conhece o evangelho, é duro de ver como pode-se assumir o título de cristão e desenvolver-se toda uma vida religiosa que não contempla nada do que Jesus ensinou. Jesus ensinou o desapego, eles querem enriquecer. Jesus ensinou que não precisamos temer, eles vivem com medo. Jesus ensinou a amar os inimigos, eles maltratam suas crianças. Jesus ensinou a servir, eles querem angariar títulos religiosos...
Eles???
E por aqui?
E que caminho segue nossa nação cada vez mais evangélica?
O que o Jesus brasileiro tem ensinado? O que os cristãos brasileiros tem almejado, buscado e reinvindicado?
Tem gente comemorando o "grande avivamento" que aconteceu na Nigéria e fez dela um país evangélico.
Tem pastor brasileiro viajando para lá para aprender com eles.
Lembrei das palavras de Jesus: "Se a luz que há em ti são trevas, que grandes trevas serão".
Mas como sempre, há pequenos candeeiros espalhando luz aqui e ali.
Lá conhecemos gente que conhece o Jesus da graça, do amor, do auto-sacrifício, da liberdade, da confiança. Encontramos alguns que acolhem, vestem, protegem, alimentam e aquecem as vítimas do descaso e do medo. Gente do bem. E esses precisam de ajuda e contam conosco. E nós dissemos a eles para continuar contando e que não os abandonaremos.
Gente, tudo o que cada um fez até agora teve enorme valor. Estejam todos muito certos disso.
Nós que fomos, só fomos graças a muitos que ficaram. As revistas que produzimos e que são ferramentas de uso diário por lá, foram feitas e custeadas por muitos. Parte do dinheiro que levantamos aqui ficou lá com o Leo, para que ele pudesse custear sua própria estadia mais prolongada.
Valeu! Valeu mesmo!!!
E vai valer muito mais. Ainda temos muito o que fazer.
Tato Egg

LEITURA DA PALAVRA NAS ESCRITURAS

A ênfase do “Caminho da Graça” não é no “Livro Bíblia”, mas na Palavra de Deus que nela a pessoa pode encontrar se a ler com o coração limpo de doutrinas religiosas, e se buscar entender tudo, antes de qualquer coisa, comparando o que se entendeu com o que se vê Jesus viver, praticar e ensinar enquanto segue...

O mais importante de tudo é que você leia como você lê qualquer outro livro; sem magia na leitura; buscando entender a leitura como você faz quando lê qualquer texto; pois, a inspiração bíblica não está “em códigos secretos”; antes está em palavras simples, que podem ser entendidas por todos, especialmente por todo aquele que buscar ver cada coisa que julgue ter entendido, comparando com o modo como Jesus vivia, pratica e ensinava todas as coisas...

Sim, pois a Bíblia é um livro feito de muitos livros, que são as Escrituras consideradas sagradas; mas, nem a Bíblia, o livro, e nem as Escrituras, o texto, são a Palavra Plena de Deus; posto que a Palavra Toda só tenha se materializado em Jesus, não em um livro, nem em muitos livros, nem em todas as Escrituras; posto que a Bíblia sem Jesus não faça bem; as Escrituras sem Jesus não tenham um foco e um nexo; visto que Jesus, Emanuel, Deus conosco, Ele e somente Ele, seja a Palavra, o Verbo, a Revelação Plena de Deus em todas as coisas.

Assim, ao ler, leia mesmo; leia sem medo; leia sem magia e sem fantasia...

Sim, leia como quem lê...; e apenas faça isto conferindo cada coisa com o que você encontrar acerca de Jesus e de Seus modos durante a leitura dos Quatro Evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João.

Leia com a simplicidade dos leitores meigos e carinhosos; e, ao final, sem fazer força alguma, você verá que nunca mais lerá a Bíblia de outro modo, pois, ao ler tendo Jesus como a Chave para Entender as Escrituras, você verá que não há mistério; e que o que se entende é o que se entende mesmo; posto que a Palavra seja para todos; e seu entendimento não esteja vedado a ninguém que faça a leitura com o olhar puro e limpo de interpretações prévias e de dogmas predefinidos pela religião.

O profeta disse em nome de Deus: “O meu povo perece por falta de entendimento”.
Ora, o mesmo se pode dizer hoje, em plena Era da Bíblia como bestseller, pois, se de um lado nunca se vendeu tanto o livro Bíblia, de outro lado ela nunca foi tão pouco lida, meditada e conhecida em seus conteúdos.

Em geral as pessoas compram uma Bíblia para ter em casa, muitas vezes como um amuleto cristão. Outros compram apenas para usar nas reuniões que freqüentem... Entretanto, faz tempo que aqueles que se dizem discípulos de Jesus pararam de ler a Bíblia todos os dias.
Os dias são maus... Mais do que nunca se requer que todo aquele que confesse Jesus como Senhor mergulhe dia a dia mais profundamente no conhecimento da Palavra.

Que o Espírito Santo ilumine o seu olhar com a luz da simplicidade.

Nele, Jesus, que é a Palavra eterna pela qual se pode compreender não apenas a Bíblia, mas a própria existência,

Caio Fábio

segunda-feira, 4 de junho de 2012

POR QUE JESUS MANDOU PREGAR O EVANGELHO?

Por que Jesus mandou pregar o Evangelho?

Primeiro devo começar com o que não é objetivo do anúncio do Evangelho, mas que entre a multidão dos discípulos equivocados, é aclamado como sendo parte do objetivo do Evangelho.

Não é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado a fim de fazer as pessoas mudarem de religião.

Nem tampouco para que as pessoas passem a frequentar um templo, nem para cantarem hinos para Jesus entre chineses ou hindus, esquimós ou índios nus, como dizia o “corinho” da Escola Dominical.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que o Cristianismo se expanda na Terra. Deus não é cristão, contrariamente ao que alguns dizem: “O Deus cristão é...” assim ou assado...

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para despovoar o inferno e povoar o céu, como se tudo dependesse da iniciativa do “cristianismo” para a salvação humana.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que os crentes sejam “glorificados” na Terra.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para batizar pessoas usando muita ou pouca água.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que se discuta com os novos convertidos o resto da vida acerca de quem é joio e quem é trigo.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para criarmos impérios de comunicação cristãos.

Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para qualquer coisa que não seja a encarnação do bem do Evangelho no coração das pessoas.

O Evangelho é a noticia de Deus aos homens, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo todo.

O Evangelho, portanto, antes de tudo é Reconciliação.

Sim! É Reconciliação do homem com Deus, consigo mesmo e com o próximo, mesmo que o próximo seja inimigo, pois, assim como Deus se reconciliou conosco sendo nós inimigos de Deus no entendimento e nas práticas de obras perversas e alienadas, ainda assim Ele nos amou e nos ama, e, unilateralmente se reconciliou conosco.

Se a pregação gera isto como vida, então é o Evangelho que se está pregando. Mas se não gera, ou é porque quem ouve não quer ou não entende; ou, então, é porque não é o Evangelho que está sendo pregado. 

O Evangelho ensina tudo, menos uma religião. Aliás, desde que João disse que na Nova Jerusalém não há santuário que ficamos sabendo que o Evangelho é ateu de religião.

É simples assim.

O Evangelho é o bem das ovelhas de Jesus em todos os outros apriscos.

Ora, o Evangelho pode ser o bem de Jesus até para cristãos, quanto mais para todos os homens.

É ou não é?

Caio Fábio

facebook - 04/06/2012

sábado, 2 de junho de 2012

Amigos


Já não vos chamo servos, ... Mas chamei-vos amigos, ... 
João 15:15


Quem são esses a quem Ele chama de amigo? Seriam homens dotados de poderes especiais? Ou alguns totalmente santos e perfeitos (aos olhos da religião)?


Ele chamou "amigos" àqueles seres imperfeitos, falhos, iletrados, pecadores.
O que para alguns era uma forma de xingamento, de provocação, pois diziam dele: "amigo de pecadores", para Ele era a simples e natural expressão de Seu ser, a expressar a natureza do Pai, pois que Deus é amor.


Estação do Caminho Foz do Iguaçu.