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quinta-feira, 21 de junho de 2012

MÉDICOS FERIDOS

O Evangelho não é um conjunto de regras para se alcançar por terem sido levadas por pessoas sobre-humanas. A Mensagem de Jesus foi difundida pelas pessoas mais improváveis e desaprovadas na sua época, demonstrando que o Chamado é para aquele que estiver simplesmente disposto.

Nesse domingo, na reunião do Caminho da Graça em Salvador, refletimos sobre como podemos, mesmo sendo tão relativos e falhos, compartilhar e servir mesmo com as nossas próprias dores. O Chamado para o Caminho é escolhido pelas pessoas mais desaprovadas a fim de que, em nossas feridas, curemos os outros. Podemos perceber, por meio de tudo que conhecemos a respeito daqueles que viveram essa Mensagem, que a história daqueles que a escolheram está repleta de “João ninguéns” que foram e conseguiram mudar o curso da história. Com dores, equívocos, deslizes e relatividades levaram essa história adiante vivendo com toda a intensidade e não negando a se entregar totalmente a isso que chamamos de Evangelho.

Podemos refletir que esse foi o nosso chamado. Chamados para sermos médicos feridos, abençoando em meio à nossa própria dor. Encorajados a mudar o nosso olhar para que possamos ver Graça e Benção em pessoas que também tem seus pés sujos andando no Caminho. Lemos no capítulo 12 da Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, o episódio que relata que mesmo Paulo, sendo o maior propagador dessa mensagem no seu tempo, teve seu momento de relatividade, mostrando a nós que a mensagem é levada por homens fracos e quebrados, mas com uma paixão profunda pela Mensagem do Ressurreto.

Minha Graça te basta! – é a resposta da Voz Eterna. Porque a sua fraqueza abre a porta para a ação do meu poder. Isso é que devemos mais perceber em nós: os vasos de barro podem, por Graça, carregar riquezas eternas. Se precisarmos de ajuda, que possamos ao perceber nossa fraqueza, encontrar o Deus que está do nosso lado esquerdo. Que nos visita com carinho e atenção. Que se mostra disposto a nos ouvir sem juízos, mas com misericórdia. Podemos ser Deus para o outro na medida em que possamos perceber Deus nele. De igual forma que podemos aceitar nossa humanidade na igual medida em que percebamos em qualquer outro a mesma humanidade.

Assim continuamos na esperança de que essa Palavra, que é mais que texto, porém Espírito e Vida possa nos justificar, pela mesma Graça que nos faz sentir misericórdia de qualquer um como nós. Que possamos nos saber capazes de sermos Deus para o outro na mesma medida em que podemos ver o mesmo Deus neles. O Deus que se prostrou e nos lavou, como fazem os escravos, nos chama para, simplesmente, sermos escravos em amor, uns dos outros.

*Nota.: A imagem título da mensagem é um menino que, ajudando o irmão a se salvar da enchente, foi questionado: “Não estava pesado?” Ele então responde: “Não é peso, é meu irmão”.

Anderson Villaverde
Caminho da Graça em Salvador em 6/18/2012 06:14:00 PM

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